Lá no ginásio, há um ou dois rapazes daqueles que aparecem todos os dias e passam ali umas boas duas horas a levantar ferro, ao som da melhor banda sonora de gemidos, grunhidos e bufadelas.
Hoje assisti pela segunda vez à adição de um novo instrumento a essa banda sonora. O rapaz fez tanta força que soltou um gás, um gás intestinal, meus amigos, daqueles bem repenicados que é impossível passarem despercebidos.
Ainda por cima, logo hoje, aquilo estava cheio de gaijas. Éramos algumas dez a suar as estopinhas nas passadeiras e steps e bicicletas, e o pobre desgraçado era o único espécime masculino presente.
Ninguém riu alto, valha-nos isso. Mas houve muita troca de olhares e muito sorriso disfarçado. O autor do som não conseguiu fazer de conta que não se passava nada. Largou os halteres, fez meia dúzia de alongamentos a correr, e saiu de cabeça baixa.
Desconfio que o ginásio vai perder um cliente.
terça-feira, março 09, 2004
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