Vamos lá a abrir a alma e a confessar.
É ou não é verdade que, quando nos encontramos em casa alheia, na festa de aniversário da prima, ou no almoço das bodas de ouro dos tios, ou no jantar de negócios em casa do patrão, ou simplesmente numa visitinha social, e se impõe a primeira ida à casa de banho, a coisa se processa da seguinte maneira:
- Perguntar discretamente à pessoa bem informada mais próxima onde fica a "casinha".
- Retirada também discreta (porque, século XXI ou não, ninguém gosta que os outros saibam o que vamos estar a fazer nos próximos minutos) em direcção à dita
- Baixar a calça ou levantar a saia e, enquanto se trata do assunto, inspeccionar a casa de banho
- Quando se vai lavar as mãos já está identificada a porta ou a gaveta do armário que nos atrai
- Lavar as mãos com o ouvido atento a eventuais convivas nas imediações
- Finalmente, abrir a portinha com aquele frisson de coisa proibida
- Olhar durante dez segundos para as escovas de dentes/perfumes/cosméticos/máquinas de barbear
- Voltar a fechar a portinha e sair da casa de banho, mais uma vez, discretamente (agora para ninguém reparar no rubor)
E pronto. Não se aprende nada, não se fica a saber muito mais sobre os donos da casa (a menos que eles guardem no armário da casa de banho os instrumentos ensanguentados de um serial killer... pouco provável, digo eu). Não saímos de lá mais felizes, pelo contrário, porque o sentimento de culpa não mata mas mói.
Só tenho uma dúvida, esclareçam-me lá: isto é mais uma das fraquezas do sexo feminino ou os homens também são vítimas da atracção do armário da casa de banho? Ou, mais grave ainda, será apenas uma tara minha???
segunda-feira, agosto 18, 2003
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