Esta rapariga está muito esquisita. Oh Bridget, pá!!
segunda-feira, fevereiro 28, 2005
A ver a bola
No outro dia, num livro que estava a traduzir, a autora fez um comentário sobre o estilo de cada um a ver desporto. No caso, futebol americano.
Hoje, estava a ver o meu Benfica quase ganhar ao Porto, e pus-me a reparar nisso.
Eu sou do tipo insultuoso: "Vai, estúpido!", "Onde é que andam aqueles imbecis?" e coisas do género.
Há quem seja mais positivo: "Boa, bem jogado!", "É assim mesmo."
Há os incentivadores: "Vai, vai!", "Passa", "Remata!"
Já ouvi os amorosos (geralmente gaijas): "Lindo menino", "Boa, meu querido!"
E, para além das palavras, as interjeições e ruídos vários que, se ouvidos fora de contexto, são um bocado pornográficos, não são?
Hoje, estava a ver o meu Benfica quase ganhar ao Porto, e pus-me a reparar nisso.
Eu sou do tipo insultuoso: "Vai, estúpido!", "Onde é que andam aqueles imbecis?" e coisas do género.
Há quem seja mais positivo: "Boa, bem jogado!", "É assim mesmo."
Há os incentivadores: "Vai, vai!", "Passa", "Remata!"
Já ouvi os amorosos (geralmente gaijas): "Lindo menino", "Boa, meu querido!"
E, para além das palavras, as interjeições e ruídos vários que, se ouvidos fora de contexto, são um bocado pornográficos, não são?
Isto de ser uma pessoa séria...
Não sei se vem com a idade, mas dou por mim a fazer coisas de pessoa séria, às vezes, e não sei se hei-de ficar contente ou chateada...
Ontem fui tirar um maço de tabaco na máquina no café aqui em baixo, e a máquina estava mal programada: o preço do SG Ventil marcado era de 1 cêntimo. Não reparei, claro, enfiei as moedinhas, 2 aérios e meio, e sai-me um maço de tabaco e dois aérios e quarenta e cinco de troco (a máquina não processa moedas menores que cinco cêntimos).
E o que fiz eu? Agarrei no troco e no tabaco e pisguei-me discretamente? Melhor ainda, aproveitei o embalo e tirei mais uns quantos maços?
Não. Fui ter com a senhora, paguei e avisei-a do erro da máquina.
Ontem fui tirar um maço de tabaco na máquina no café aqui em baixo, e a máquina estava mal programada: o preço do SG Ventil marcado era de 1 cêntimo. Não reparei, claro, enfiei as moedinhas, 2 aérios e meio, e sai-me um maço de tabaco e dois aérios e quarenta e cinco de troco (a máquina não processa moedas menores que cinco cêntimos).
E o que fiz eu? Agarrei no troco e no tabaco e pisguei-me discretamente? Melhor ainda, aproveitei o embalo e tirei mais uns quantos maços?
Não. Fui ter com a senhora, paguei e avisei-a do erro da máquina.
domingo, fevereiro 27, 2005
sábado, fevereiro 26, 2005
De uma analfabeta da arte
Não percebo nada de pintura. Nunca percebi. Das raras vezes que fui a uma exposição passei o tempo a olhar para as reacções dos outros para poder imitar. Quando é alguma coisa que eu olho e digo, "Ah, olha que paisagem tão bonita", ou "Que maçã tão perfeitinha que parece mesmo verdadeira", ainda consigo dizer qualquer coisa (embora nunca mais do que as frasezinhas atrás mencionadas).
No entanto deixa-me espalmada que uma miúda de quatro anos esteja a ganhar milhares de dólares com as suas pinturas que, a mim, me parecem todas variantes do mesmo borrão em cores diferentes. Deixo aqui uma pequena amostra.
PS: O site da moça tem uma secção chamada Biografia. Estranhamente, e tendo em conta que ela nasceu em 2004, a biografia é uma imensidão de três parágrafos!!)
No entanto deixa-me espalmada que uma miúda de quatro anos esteja a ganhar milhares de dólares com as suas pinturas que, a mim, me parecem todas variantes do mesmo borrão em cores diferentes. Deixo aqui uma pequena amostra.
PS: O site da moça tem uma secção chamada Biografia. Estranhamente, e tendo em conta que ela nasceu em 2004, a biografia é uma imensidão de três parágrafos!!)
O papa
Eu se soubesse desenhar fazia um desenho assim: era o papa, coitado, com oitenta e não sei quantos anos, doente e em sofrimento há para aí vinte, a dar as últimas, a querer morrer sossegado e em paz, portanto no desenho era o papa a querer subir aos céus, e a não conseguir por causa da força das orações das pessoas todas que estão a rezar para ele não morrer, no desenho seria assim tipo umas mãos meio etéreas, meio garras, a agarrarem-lhe nas vestes e a puxarem-no para baixo.
sexta-feira, fevereiro 25, 2005
Mais coisas que já não há
- X-actos nas farmácias para cortar o código de barras das caixas de medicamentos (agora são impressos "tomaticamente"... mais uma indústria para a falência. Os operários das fábricas de X-actos deviam unir-se numa manifestação e chamar a TVI!)
- Uma esferográfica. Quer dizer, há milhentas canetas e esferográficas e coisas que não são bem uma nem outra. Mas uma esferográfica, tipo chegar à papelaria e pedir "Queria uma esferográfica se faz favor" já não existe, porque a essa pergunta seguem-se minutos de angústia e decisão dilacerantes perante dúzias de caixas. O que podemos pedir sem problemas é "Queria uma esferográfica com cheiro a morango e que escreva com brilhantes". Isso tudo bem.
- Cassetes. Eu sou a única pessoa que conheço que ainda tenho cassetes. E leitor de cassetes no carro e não de CDs (não funciona muito bem, mas isso é outra história. E também é verdade que não oiço uma cassete há séculos. Nem um CD, bem vistas as coisas. Mp3. Pois.)
- Carteiras de fósforos. No outro dia esqueci-me do isqueiro em casa e entrei em três papelarias até encontrar fósforos. E tiveram a lata de me levar 20 cêntimos por uma carteira com 10 (dez!!) fósforos, que via-se perfeitamente que era brinde para oferecer com os maços de tabaco de uma determinada marca.
- Uma esferográfica. Quer dizer, há milhentas canetas e esferográficas e coisas que não são bem uma nem outra. Mas uma esferográfica, tipo chegar à papelaria e pedir "Queria uma esferográfica se faz favor" já não existe, porque a essa pergunta seguem-se minutos de angústia e decisão dilacerantes perante dúzias de caixas. O que podemos pedir sem problemas é "Queria uma esferográfica com cheiro a morango e que escreva com brilhantes". Isso tudo bem.
- Cassetes. Eu sou a única pessoa que conheço que ainda tenho cassetes. E leitor de cassetes no carro e não de CDs (não funciona muito bem, mas isso é outra história. E também é verdade que não oiço uma cassete há séculos. Nem um CD, bem vistas as coisas. Mp3. Pois.)
- Carteiras de fósforos. No outro dia esqueci-me do isqueiro em casa e entrei em três papelarias até encontrar fósforos. E tiveram a lata de me levar 20 cêntimos por uma carteira com 10 (dez!!) fósforos, que via-se perfeitamente que era brinde para oferecer com os maços de tabaco de uma determinada marca.
Termómetros
Sabem que já não há termómetros de mercúrio? Parece-me indecente. Um termómetro electrónico com o seu apitinho quase inaudível não substitui a emoção de deixar cair um termómetro de vidro e andar de gatas pela casa toda a tentar apanhar bolinhas de mercúrio que, diga-se, são umas coisas muito difíceis de apanhar.
E a emoção dos avisos proferidos de olhos arregalados e naquele tom de voz não-faças-isso-ao-nariz-que-fica-assim-para-sempre: "Não toques no mercúrio que é venenoso!"?
Ah, os bons velhos tempos...
E a emoção dos avisos proferidos de olhos arregalados e naquele tom de voz não-faças-isso-ao-nariz-que-fica-assim-para-sempre: "Não toques no mercúrio que é venenoso!"?
Ah, os bons velhos tempos...
quinta-feira, fevereiro 24, 2005
A visitar
O Ponto de Encontro em Cacilhas.
Foi o momento cultural deste blog.
(ou não, ou não, podemos sempre cagar para a cultura e beber só umas cervejolas refastelados a olhar para o rio)
Foi o momento cultural deste blog.
(ou não, ou não, podemos sempre cagar para a cultura e beber só umas cervejolas refastelados a olhar para o rio)
Estou fraca
Fui tirar sangue e estou fraquinha e não consigo esticar o braço. O enfermeiro diz que é estranho eu ser tão maricas porque normalmente as mulheres tiram sangue como quem bebe uma bica ou assim. Lembro-me de em miúda pensar que quando fosse adulta de certeza que ia deixar de ter medo, mas uma parte do meu cérebro ainda deve ter 10 ou 12 anos.
E depois, os enfermeiros abrem sempre um sorriso tão vampiresco...
E depois, os enfermeiros abrem sempre um sorriso tão vampiresco...
quarta-feira, fevereiro 23, 2005
Já chove
Finalmente está a chover.
Hoje li que a previsão dava chuva forte para o fim-de-semana e dei por mim a dizer "Parece que o tempo vai melhorar no fim-de-semana". E era mesmo isso que eu queria dizer, mas soa estranho quando chuva forte é considerado uma melhoria, não é?
Céus, as saudades que eu tenho de uma boa carga de água, um dia inteiro cinzento e a ouvir a água bater na janela. Eu sei que gosto do Inverno, mas nunca pensei sentir tanto a falta da chuva.
Hoje li que a previsão dava chuva forte para o fim-de-semana e dei por mim a dizer "Parece que o tempo vai melhorar no fim-de-semana". E era mesmo isso que eu queria dizer, mas soa estranho quando chuva forte é considerado uma melhoria, não é?
Céus, as saudades que eu tenho de uma boa carga de água, um dia inteiro cinzento e a ouvir a água bater na janela. Eu sei que gosto do Inverno, mas nunca pensei sentir tanto a falta da chuva.
Frriiiiioooo...
Aquecedor. Casaco. Manta polar.
(A propósito, de onde é que veio esta coisa da manta polar? Este ano só se vê mantas polares enroladinhas em tudo o que é loja. Nos centros comerciais, nos chineses, de brinde nas revistas da moda. E o mais estúpido é que estas coisas já existiam e não me consigo lembrar como é que se chamavam antes de serem mantas polares e estarem na moda.)
(A propósito, de onde é que veio esta coisa da manta polar? Este ano só se vê mantas polares enroladinhas em tudo o que é loja. Nos centros comerciais, nos chineses, de brinde nas revistas da moda. E o mais estúpido é que estas coisas já existiam e não me consigo lembrar como é que se chamavam antes de serem mantas polares e estarem na moda.)
Eleições em Portugal
Gostava de saber se lá fora também é assim ou se isto é coisa nossa, talvez por ainda sermos bebés nesta coisa de votar (afinal 30 anos, no grande esquema das coisas, não é nada).
Por cá, o dia de eleições é dia de festa. A malta arreia-se com a melhor farpela de domingo, enquanto nos outros domingos normais basta o pijama ou o fato de treino para andar por casa. As famílias saem juntas para votar, enquanto nos outros domingos o pai fica a ler o jornal desportivo enquanto a mãe aproveita para dar um jeito à casa e os filhos maiores de 18 anos provavelmente dormem o dia inteiro porque na véspera foi sábado à noite e já se sabe.
A malta encontra-se nas assembleias de voto e encosta-se à sombra ou senta-se nos banquinhos normalmente ocupados pelos putos e fica ali à conversa. Ou então vai tudo para o café antes ou depois, ou passear um bocadinho se o tempo estiver bom.
À porta das escolas há barracas de farturas, castanhas assadas e algodão doce.
Todo o dia perguntamos uns aos outros, "Então já foste votar?" e discutimos a melhor hora e se apanhámos muita gente e se achamos que desta vez estava mais concorrido ou menos.
O pessoal que normalmente trabalha dia e noite, e até aos domingos, faz questão de tirar o dia porque é dia de eleições.
Votar, por cá, é como se fosse um feriado, um dia de São Escrutínio, uma ocasião festiva.
Por cá, o dia de eleições é dia de festa. A malta arreia-se com a melhor farpela de domingo, enquanto nos outros domingos normais basta o pijama ou o fato de treino para andar por casa. As famílias saem juntas para votar, enquanto nos outros domingos o pai fica a ler o jornal desportivo enquanto a mãe aproveita para dar um jeito à casa e os filhos maiores de 18 anos provavelmente dormem o dia inteiro porque na véspera foi sábado à noite e já se sabe.
A malta encontra-se nas assembleias de voto e encosta-se à sombra ou senta-se nos banquinhos normalmente ocupados pelos putos e fica ali à conversa. Ou então vai tudo para o café antes ou depois, ou passear um bocadinho se o tempo estiver bom.
À porta das escolas há barracas de farturas, castanhas assadas e algodão doce.
Todo o dia perguntamos uns aos outros, "Então já foste votar?" e discutimos a melhor hora e se apanhámos muita gente e se achamos que desta vez estava mais concorrido ou menos.
O pessoal que normalmente trabalha dia e noite, e até aos domingos, faz questão de tirar o dia porque é dia de eleições.
Votar, por cá, é como se fosse um feriado, um dia de São Escrutínio, uma ocasião festiva.
terça-feira, fevereiro 22, 2005
Combate em todas as frentes
Nada como unir esforços em prol de uma causa comum.
Em Fátima, na frente religiosa, já estão a fazer o que podem, elevando as suas vozes às alturas para pedir chuva.
As forças armadas, na vertente militar e não querendo ficar atrás, uma vez que também têm os meios necessários para subir aos céus, embora numa perspectiva mais prosaica, lançam amanhã o ataque tecnológico.
Aguarda-se a todo o momento o anúncio das medidas políticas por parte do recém-eleito governo, neste combate ao qual não podem ficar indiferentes.
Em Fátima, na frente religiosa, já estão a fazer o que podem, elevando as suas vozes às alturas para pedir chuva.
As forças armadas, na vertente militar e não querendo ficar atrás, uma vez que também têm os meios necessários para subir aos céus, embora numa perspectiva mais prosaica, lançam amanhã o ataque tecnológico.
Aguarda-se a todo o momento o anúncio das medidas políticas por parte do recém-eleito governo, neste combate ao qual não podem ficar indiferentes.
Feedback
Ora bem, isto é uma seca, reabri eu o blog para não escrever nada de jeito, mas penso que já resolvi os problemas.
Os comentários antigos já funcionam (desde que não haja pop up blockers activos, mas isso era como estava antes...) e escondi os outros do Blogger até ver.
E penso que já toda a gente deve conseguir ver o desenho no post mais abaixo.
Este é o último post relacionado com coisas técnicas que ponho, mas agradecia que comentassem o mais possível neste post, até que a voz vos doa, e me confirmassem realmente se tá tudo ok!!
Os comentários antigos já funcionam (desde que não haja pop up blockers activos, mas isso era como estava antes...) e escondi os outros do Blogger até ver.
E penso que já toda a gente deve conseguir ver o desenho no post mais abaixo.
Este é o último post relacionado com coisas técnicas que ponho, mas agradecia que comentassem o mais possível neste post, até que a voz vos doa, e me confirmassem realmente se tá tudo ok!!
Recriar
Acho que vou seguir a sugestão de um anónimo (merda dos comentários do blogger) no post de baixo e criar um blog de raíz com um template novo e tal e coiso.
Portanto, isto vai certamente andar uns tempos desprovido da beleza e superioridade estética a que estavam habituados. Peço a vossa paciência, compreensão e mimos.
Portanto, isto vai certamente andar uns tempos desprovido da beleza e superioridade estética a que estavam habituados. Peço a vossa paciência, compreensão e mimos.
segunda-feira, fevereiro 21, 2005
Esta sou eu
Desenhada no Paint pela minha sobrinheca de 7 anos. Uma obra de arte, não está? E que bem que ela captou o meu sorriso radiante...
As meninas boas vão para o céu...
...mas eu não quero ir para o céu porque tenho medo de lá encontrar este senhor. Não que, a julgar pelos requisitos aparentemente necessários, eu tivesse alguma hipótese de lá ir parar.
Se alguém me puder explicar por que diabo o preservativo é mau porque impede que a relação seja aberta à vida e torna o sexo uma coisa mecânica apenas pelo prazer, mas as relações sexuais fora do período fértil já não fazem mal, agradecia.
E fiquei a saber que este senhor me considera uma debochada. Assim mesmo, com esta palavra. Ele acha que os médicos, no que diz respeito à Sida, não deviam dizer às pessoas "use o preservativo", deviam dizer-lhes "não andem por aí no deboche".
Ele é economista e professor universitário. Eu já o conhecia das crónicas no DN, mas o link para esta entrevista roubei-o ao Barnabé.
Se alguém me puder explicar por que diabo o preservativo é mau porque impede que a relação seja aberta à vida e torna o sexo uma coisa mecânica apenas pelo prazer, mas as relações sexuais fora do período fértil já não fazem mal, agradecia.
E fiquei a saber que este senhor me considera uma debochada. Assim mesmo, com esta palavra. Ele acha que os médicos, no que diz respeito à Sida, não deviam dizer às pessoas "use o preservativo", deviam dizer-lhes "não andem por aí no deboche".
Ele é economista e professor universitário. Eu já o conhecia das crónicas no DN, mas o link para esta entrevista roubei-o ao Barnabé.
Comentários
Parece que há chatices com os comentários. Já acrescentei os do Blogger mas desconfio que o problema é o mesmo. Posso adiantar que pop up blockers impedem a janela dos comentários de abrir e, no meu caso específico, o Norton Internet Security tem de estar desactivado para conseguir aceder às janelas.
O que me deixa danada porque ainda agora andavam aqui 8 (oito!!) mirones de certeza mortos por deixar comentários mordazes e inteligentes...
Sugestões e milagres à distância podem ser enviados para o email que está aí do lado. Mais para baixo. Mais. Aí mesmo.
O que me deixa danada porque ainda agora andavam aqui 8 (oito!!) mirones de certeza mortos por deixar comentários mordazes e inteligentes...
Sugestões e milagres à distância podem ser enviados para o email que está aí do lado. Mais para baixo. Mais. Aí mesmo.
Autocontrole e os votos dos meus vizinhos
Agora que voltei tenho tanta coisa para dizer que estava aqui a noite toda a pôr posts... Mas vou fazer um esforço para manter a calma e, vejam só, nem sequer vou fazer comentários às eleições.
(a não ser para dizer que neste site fantástico fiquei a saber exactamente quantas pessoas da minha freguesia votaram no mesmo partido que eu - gosto destes pormenores que reduzem percentagens globais aos vizinhos do meu bairro)
(a não ser para dizer que neste site fantástico fiquei a saber exactamente quantas pessoas da minha freguesia votaram no mesmo partido que eu - gosto destes pormenores que reduzem percentagens globais aos vizinhos do meu bairro)
domingo, fevereiro 20, 2005
A propósito de sondagens
Trabalhei uns tempos, quando era chavaleca, na Marktest. Fiz muito inquérito e muita sondagem e levei com muita porta na cara (literal e metaforicamente).
Por isso, quando me ligam para responder a uma sondagem e perguntam se já trabalhei ou conheço alguém que trabalhe numa empresa de estudos de mercado, digo sempre que não para poder responder e dar uma alegriazita ao entrevistador, que eu bem sei o que custa arranjar alguém com paciência para estar dez minutos a responder às nossas perguntas.
Por outro lado, detesto telemarketing, mas já descobri o truque para me livrar deles rapidamente: digo logo que cá em casa só há pessoas com menos de 25 anos e com mais de 65.
Até porque me sabe mesmo bem responder com uma grande cara podre "24" à pergunta "que idade tem?". É a única oportunidade que tenho de dizer uma peta destas.
Por isso, quando me ligam para responder a uma sondagem e perguntam se já trabalhei ou conheço alguém que trabalhe numa empresa de estudos de mercado, digo sempre que não para poder responder e dar uma alegriazita ao entrevistador, que eu bem sei o que custa arranjar alguém com paciência para estar dez minutos a responder às nossas perguntas.
Por outro lado, detesto telemarketing, mas já descobri o truque para me livrar deles rapidamente: digo logo que cá em casa só há pessoas com menos de 25 anos e com mais de 65.
Até porque me sabe mesmo bem responder com uma grande cara podre "24" à pergunta "que idade tem?". É a única oportunidade que tenho de dizer uma peta destas.
Afinal eles existem
Hoje, se assistirem à grande-mega-super-hiper-muito melhor do que as outras projecção dos resultados eleitorais na RTP às 20h em ponto, fiquem sabendo que o meu voto contribuiu para essa projecção.
Sim, as sondagens à boca das urnas existem mesmo! E lá estavam eles hoje, à porta da minha secção de voto, com as suas urnazitas portáteis, a interpelar as pessoas com cara de quem tem de vender alguma coisa e já sabe que toda a gente vai dizer que não.
Mas não eu! Eu devo ter pregado um susto de morte ao pobre rapaz, porque fui direita a ele e perguntei "Isto é para uma sondagem à boca das urnas?". O pobre recuou um passo, meio intimidado, e lá confirmou que sim, para a RTP e Antena 1, e eu disse logo, "Venha de lá o boletim!". E lá votei outra vez.
Sim, as sondagens à boca das urnas existem mesmo! E lá estavam eles hoje, à porta da minha secção de voto, com as suas urnazitas portáteis, a interpelar as pessoas com cara de quem tem de vender alguma coisa e já sabe que toda a gente vai dizer que não.
Mas não eu! Eu devo ter pregado um susto de morte ao pobre rapaz, porque fui direita a ele e perguntei "Isto é para uma sondagem à boca das urnas?". O pobre recuou um passo, meio intimidado, e lá confirmou que sim, para a RTP e Antena 1, e eu disse logo, "Venha de lá o boletim!". E lá votei outra vez.
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