Ontem um amigo perguntou-me se eu nunca tinha pensado em escrever um livro. É que a minha mãe é poeta, podia estar-me no sangue, e além disso diz-se que os críticos literários e os tradutores são escritores frustrados.
Mas eu não tenho criatividade, nunca fui uma pessoa criativa. Tenho um instinto fantástico com computadores e telemóveis e a programar vídeos e coisas do género, mas não sei cantar, nem desenhar, não tenho jeitinho nenhum para fazer nada com as mãos, e não tenho imaginação para escrever. Sou uma boa executante, uma péssima criadora. Cada um é para o que nasce.
Então e o teu blog? Escreves no blog, disse-me ele.
Obrigada pela intenção, mas isto não é bem escrever. Quer dizer, é escrever, mas não é ESCREVER. É só pôr umas palavras à frente das outras. Nunca fui daquelas pessoas que procuraram no blog uma maneira de compartilhar o que escrevem com os outros por gostarem de escrever.
Basicamente, isto já era para ter acabado há que tempos, mas entretanto tornou-se divertido. É como ter um amigo a quem se vai mandando os retalhos da nossa vida em pequenas cartinhas, só que não é só um amigo, são muitos.
É muito estranho isto dos blogs. E como é muito estranho não vou pensar mais nisso.
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