Há bocado, quando entrei no carro, pensei de mim para comigo (é uma coisa que eu faço muito, não sei se já repararam): "Oh Elsa, cheira tão bem o teu carro, compraste um air freshener?" E logo de seguida respondi a mim própria: "Não sejas parva, alguma vez compraste essas porcarias para o carro à excepção daquele primeiro pinheirinho nos primórdios do primeiro carro, na mesma altura em que ainda o lavaste de 15 em 15 dias durante dois meses?" (os meus diálogos mentais são assim, cheios de flash backs).
O meu carro normalmente é lavado pela chuva, ou no Elefante Azul antes de ir a casamentos ou baptizados. E o único aroma que se sente quando se entra nele vem do cinzeiro a transbordar de beatas.
Depois lembrei-me: era a caixa de Skip que comprei na segunda-feira e não trouxe logo para cima porque já vinha carregada e não fazia mal ficar no porta-bagagens porque não se estragava e não me apeteceu nada voltar a descer três andares.
A propósito disto, lembrei-me (mais um flash back, atenção) daquela vez em que me chegaram a perguntar, meio a sério meio a brincar: "Olha lá, tu tens um gajo morto no porta-bagagens?". Era um queijinho de Niza que se tinha escapado do saco das compras e do qual nunca mais me tinha lembrado. Dessa vez até despejei o cinzeiro, mas só quando fui esvaziar o porta-bagagens para mandar lavar o carro como deve ser é que dei com ele.
Não pensem mal de mim, normalmente o meu carro não cheira mal nem bem, só a tabaco fossilizado.
quarta-feira, setembro 03, 2003
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