De vez em quando todos dizemos de nós para nós, "Se eu fosse rica, nunca mais fazia a ponta de um corno" (com perdão da expressão, mas a gente quando fala com os nossos botões é mesmo assim).
Mas será que não fazíamos mesmo? Eu falo por mim. Não conseguia estar muito tempo sem fazer nada. Nada de trabalho, quero eu dizer. Por acaso faço mesmo aquilo que gosto. Entre o meu emprego anterior e este, estive dois meses sem fazer nada. Tinha dinheiro (indemnização - embora só parte, mas melhor do que nada - e um fundo de desemprego jeitoso). O primeiro mês foi bom, umas férias inesperadas. O segundo foi uma tortura. De tal modo, que me pus a traduzir livros que para aqui tinha em inglês, só para emprestar ao pessoal e para estar entretida.
Gostava muito de ter montes de dinheiro, atenção! De não ter de fazer contas à vida e poder ir ao supermercado do Corte Inglês ou o diabo a sete e nunca mais na vida ao Minipreço nem ao Lidl. Mas ócio vinte e quatro horas por dia, não ter um prazo a cumprir, não ter um bocadinho de stress, juro que não queria.
Há pessoas que queriam ter uma fortuna. Eu preferia ter um ordenado milionário. Não é a mesma coisa!
quinta-feira, outubro 16, 2003
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