Este fim de semana "casou-se-me" mais uma sobrinha (que por acaso estava linda de morrer, não é por ser da minha família). Para quem ainda não reparou, na minha família há, por assim dizer, uma predominância de cromossomas X. O que me recorda uma história que se conta para o explicar.
Então reza a história que o meu pai, em rapazola atrevido, roubou o coração (e não sei se mais alguma coisa) a uma rapariga cigana. Parece que a mãe da moça não gostou, e conta-se que lhe fez uma espera à porta, se atirou para o chão e lhe rogou uma praga: que ele só havia de ver descendentes mulheres, para poder ver os outros gozarem com as filhas dele como ele tinha gozado com as filhas dos outros.
E agora os factos: o meu pai teve três filhas. A minha irmã mais velha teve duas filhas. A minha irmã mais nova teve duas filhas. A minha sobrinha mais velha teve uma filha. Estão a fazer a contabilidade? São oito mulheres em três gerações.
O meu pai morreu há três anos. A minha sobrinha mais velha engravidou dois meses depois. Um rapaz. O primeiro. Eu e as minhas irmãs achamos que agora, daqui para a frente, vai ser um ver se te avias de rapazolas. Mas a verdade é que o meu pai nunca soube de outra coisa senão filhas, netas e bisnetas.
Apetece dizer, pero que las hay, hay...
segunda-feira, janeiro 19, 2004
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