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quinta-feira, janeiro 08, 2004

Terry Pratchett (um post literário)

Quando leio pela primeira vez um autor e gosto muito, muito dele, a minha faceta obsessiva-compulsiva obriga-me a perder a noção do dinheiro e a comprar mais livros dele, e mais e mais, até ao ponto em que já li tudo e começo a ficar impaciente por ele nunca mais se despachar a escrever outro (se ainda for vivo - caso contrário espero que arda eternamente nas chamas do Inferno por ter escrito tão pouco). Tive a minha fase Eça muito nova, acho que foi a primeira, mas depois percorri autores e géneros tão díspares como Stephen King, Milan Kundera, Asimov, Heinlein, Farmer e K. Dick na FC (e muitos, muitos mais - perco-me na FC) e, mais recentemente, Terry Pratchett. Felizmente, além de ter dezenas de livros publicados, este ainda é vivo, portanto há esperança de mais.

Terry Pratchett criou um mundo chamado Discworld que é, basicamente, um mundo em forma de disco, apoiado em cima de quatro elefantes, que se passeiam pelo espaço em cima de uma tartaruga gigante. Eu sei que isto não soa grande coisa, mas perderia aqui muitas horas para tentar explicar a forma como o Discworld é, na realidade, o nosso mundo, só que com bruxas e feiticeiros e anões e trolls e vampiros e zombies e deuses e outras coisas.

Encontrei aqui um arquivo de citações dos livros dele. O que eu gostava era de vos fazer gostar tanto dele como eu. Poucos livros (muito, muito poucos) me conseguem fazer rir alto como as aventuras do Discworld.

Só para vos obrigar a ler umas coisitas, cá ficam algumas citações:

"A turma estava a aprender a história de uma rebelião qualquer em que uns camponeses queriam deixar de ser camponeses e, uma vez que os nobres venceram, tinham deixado de ser camponeses mesmo depressa." (Soul Music)

"De uma maneira geral, a única coisa que os alquimistas de Ankh-Morpork tinham descoberto até agora, era a capacidade de transformar ouro em menos ouro." (Moving Pictures)

O racismo não era problema no Discworld, porque - com os trolls e os anões e por aí fora - o especismo era mais interessante. Brancos e negros viviam em perfeita harmonia e uniam-se contra os verdes." (Witches Abroad)

"Não se pode andar por aí a tentar construir um mundo melhor para as pessoas. Só as pessoas podem construir um mundo melhor para as pessoas. Caso contrário é apenas uma jaula." (Witches Abroad) - gosto especialmente desta, tendo em conta a conjuntura actual no NOSSO mundo, e assim.

E pronto, este post é dedicado às pessoas que me têm perguntado por que razão, sendo eu tradutora e gostando tanto de ler, nunca falava sobre livros. Não tenciono voltar a escrever nada tão comprido durante uns meses, portanto façam bookmark deste post e regalem-se.

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