Esta é a sensação que tenho quando acabo de traduzir um livro. Revejo-o uma vez, e outra, volto atrás, retoco parágrafos, troco vírgulas, volto a ler, passo o corrector ortográfico, ajeito a formatação, acrescento umas mariquices na separação de parágrafos, eu sei lá...
Parece que não o quero ver acabado, que não quero largá-lo das mãos, parece que há sempre mais qualquer coisa a fazer, a melhorar, é uma obra sempre imperfeita...
Enquanto por um lado tenho uma sensação de satisfação quando por fim ponho o último ponto final e começo a imprimir, por outro lado faço-o sempre, desde sempre, com uma frustração que não consigo explicar bem.
A princípio julguei que seria de ser ainda inexperiente, que com o tempo esta insatisfação da satisfação passaria, mas livro após livro, e são já boas dezenas, ela mantém-se inalterada.
Desisti de a tentar perceber. Talvez seja relutância em largar para o mundo uma coisa que é um bocadinho minha.
terça-feira, julho 22, 2003
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