Sou daquelas pessoas comodistas e adeptas do "pagar e ser servido". Então com o carro sou uma autêntica "gaija". Só para aí um ano depois de o ter percebi que tinha de pôr água de vez em quando num reservatório que lá está. Passo o Inverno inteiro sem o lavar (a chuva é, afinal de contas, uma espécie de lavagem automática divina, sem detergente e gratuita, na minha maneira de ver). Quando tive um furo no meio do Alentejo, saí do carro e fiz um ar desamparado (é mesmo verdade, e garanto que resultou, dois minutos depois tinha três simpáticos senhores a mudar-me o pneu). Na altura das inspecções ponho o aparelho na oficina e eles tratam de tudo.
Mas este ano devo ter as hormonas masculinas à flor da pele (ou se calhar é a crise e a falta de €uros na carteira. Pensando bem, é mesmo). Agarrei no carro e fui com ele sozinha à inspecção. Naturalmente, era a única mulher num raio de duzentos metros (cálculo sujeito a verificação, outra coisa que não sei é calcular distâncias). Aqui a história do ar desamparado não pega, infelizmente, senão aposto que se veriam lá muitas mais.
E, naturalmente também, ainda passei umas vergonhas... Não sabia onde estava o triângulo. Deixei o carro ir abaixo. Tinha um farol de nevoeiro fundido e não sabia. Não sabia qual dos botões acendia os faróis de nevoeiro da frente e qual acendia os de trás (na estrada a gente vê, não é????).
Ainda por cima, chumbei. Quer dizer, tenho um mês para fazer aquilo que devia ter feito desde logo: pôr o carro na oficina, na mão de homens competentes que sabem o que é uma biela e um cárter, e voltar a apresentar-me ao simpático senhor que ainda me perdoou ter a matrícula da frente um bocadinho danificada.
Será necessário acrescentar que estou... estou... olha, estou que nem posso. Vou experimentar uma águinha com gás.
quarta-feira, julho 09, 2003
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